No período dos anos de 1950‐1960 estava consolidada a paisagem urbana moderna do Lobito, marcada pelo espaço urbano central, arborizado (as Portas do Mar, ou Praça Dr. Oliveira Salazar).
Este definia uma área envolvida pelas colunatas da Câmara Municipal, a poente, com o Bar Tamariz, de desenho modernista, junto ao mar interior (a nascente), o Restaurante Luso (pelo construtor Lúcio Fernandes) e o edifício dos Correios, Telégrafos e Telefones, de base modernista, com grelha central na esquina e solução de gaveto, em molde Estado Novo (pelo "curioso" de arquitetura Mimoso Moreira, de 1941).
A sul desta área, uma avenida articulava a estação terminal do caminho‐de‐ferro com a sede do Caminho‐de‐Ferro de Benguela (de varandas cobertas em betão, pelo arquiteto Júlio Afonso, funcionário da companhia). Esta tinha em frente a sede da Associação Comercial (atual sede do MPLA), e a poente o Hotel Terminus (também iniciativa do Caminho‐de‐Ferro de Benguela, atribuído a Rodrigues Lima e ao engenheiro Gonçalo Cabral).
Este conjunto de edificações estava ligado a um amplo jardim. Há também notícia de um primeiro projeto de hotel para o Caminho‐de‐Ferro de Benguela, por Guilherme Rebelo de Andrade, de 1929. Há ainda referência a um Hotel Presidente, da autoria de Sousa Machado, arquiteto avençado do Caminho‐de‐Ferro de Benguela (que projetou pequenas estações no interior de Angola). A norte destes espaços, e sensivelmente a meio da restinga, abria‐se a Praça Luís de Camões, com estátua (depois destruída) e um conjunto edificado de desenho moderno. A norte do longo areal, a Rotunda do Infante Dom Henrique, com a estátua inaugurada por Carmona na visita de 1938, assinalava a imagem de "cidade mais portuguesa de Portugal" que então se pretendia dar ao Lobito.
Mapa
Alojamento