Catumbela é um lugar conhecido por aqueles que passam entre Lobito e Benguela, mas sua identidade é muitas vezes desconhecida pelos turistas que visitam a região. A cidade tem uma ponte majestosa e um aeroporto, tornando-se um ponto intermediário entre a capital e o porto movimentado de Lobito. Com sua história rica e culinária deliciosa, Catumbela é um verdadeiro tesouro Angolano.
"O nome Catumbela vem de um soba que ali vivia. Quitumbela era o seu nome." Vivia com o seu povo, os Ndombe, na margem esquerda do rio, junto a pântanos. Do outro lado da linha de água famosa pelos seus jacarés enormes, viviam agricultores de Quissanje, Cahula e Hanha.
A história de resistência dos Ndombe aos apetites coloniais portugueses foi heróica. Entre 1618 e início do século XIX, a povoação original resistiu a todas as tentativas de conquista. Fora dos domínios do soba, em terras que pertencem ao novo município da Catumbela (criado a 5 de Outubro de 2011), os colonos criaram entrepostos comerciais. Ali chegavam produtos vindos de terras longínquas como as Lundas e o Bié, por um caminho conhecido como Namano ou Camacuto. Borracha, gomas, cera e marfim. E escravos capturados no interior.
A Catumbela era um verdadeiro armazém de milhares de pessoas antes de embarcar para lá do Atlântico, no Porto de Benguela. A história da vila em si começou em 1836, quando foi criada na margem esquerda do rio Catumbela com o nome de Nova Asseiceira. Em 1846, a construção do Forte de São Pedro, lugar de visita obrigatória, confirmou o domínio português na região.
A povoação antes isolada da margem direita do rio começou a ganhar projecção a partir de 1856, ali foram construídos edifícios coloniais. Entre 1904 e 1913 foi, pela primeira vez, município.
Nos anos que se seguiram ganhou importância, sobretudo pela indústria do açúcar, com a instalação de várias fazendas e da Sociedade Agrícola da Cassequel, um edifício industrial gigantesco na entrada da vila.
O sobrevivente esqueleto de ferro é um dos pontos de interesse para quem conhecer Catumbela. Verdadeira relíquia da arqueologia industrial. Pouco a pouco a vila da Catumbela começou a ganhar forma, à sombra dos morros que a rodeiam. Identidade cenográfica: Os largos como a Quitanda, as ruas, o rio; as casas comerciais, a Câmara Municipal com a sua torre sineira e a imponente igreja; a lindíssima estação de caminho-de-ferro e edifícios de vários pisos com arquitectura colonial que ainda hoje pontuam Catumbela.
Entre finais do século XIX, princípios do século XX, a Catumbela colonial foi ligada por estrada a Benguela e viu nascer a primeira ponte, substituída pela velhinha e icónica estrutura de metal que todos nós conhecemos, depois da travessia original ter ruído em 1903.
Hoje, Catumbela é município de novo e um dos polos industriais de Benguela. Mas a vila pitoresca merece ser muito melhor conhecida. Catumbela não é só ponto de passagem, tem uma história interessante para descobrir, e que pode ser vista a olho nu deambulando pelas suas ruas.
O rio com margens lindíssimas e o mar, ali do outro lado, são a cereja em cima do bolo. São várias as praias ao longo da linha de costa. Uma das mais conhecidas, e que é, inclusivamente, sede comunal, é a Praia Bebé. Areal com o toque tão especial das praias benguelenses.
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