A “Companhia do Assucar de Angola SA” foi fundada 4 de Março de 1920 por António de Souza Carneiro (mais tarde António de Souza Carneiro Lara). Casou com D. Ana de Albuquerque e teve 4 filhos a saber: António de Albuquerque de Sousa Lara, Luis de Albuquerque de Sousa Lara, Maria Carolina de Albuquerque de Sousa Lara e João de Albuquerque de Sousa Lara.
A “Companhia do Assúcar de Angola” teve a sua sede social em Luanda, na Rua Direita, e escritórios em Benguela e Lisboa. Era proprietária das Fazendas Tentativa, no Caxito; S. Francisco, no Dombe Grande; Marco de Canavezes, no Cubal reservada à produção de sisal, e também detinha a empresa “Sociedade de Recovagens” no Lobito. Em Portugal possuía, ainda a “Refinaria Angola” na Rua Heróis de França em Matosinhos. António Sousa Lara era igualmente proprietário de empresas em Luacho e Caxito (Fábrica de óleo de palma e sabão), e em Cuio (Pescaria e Porto).
A maior fazenda era a “Fazenda Tentativa” com 20.000 Km2. e após a morte do Comendador António de Albuquerque de Sousa Lara em 1972 e porque, embora casado, não teve filhos, a empresa sofreu algumas alterações na sua estrutura accionista, tendo em 1973 sido adquirida pela família Espírito Santo e foi liderada por António Espírito Santo Silva até à sua ida para o Brasil após o 11 de Março de 1975. Voltando à “Fazenda Tentativa”, esta detinha a maior fábrica de açúcar de todo o território Angolano. Era o orgulho de todos que, como eu, tiveram a honra de conhecer e trabalhar nela. O último gerente da fazenda foi José Rebelo e o administrador residente chamava-se Jaime de Almeida.
Em 1932, Angola produziu açúcar suficiente para abastecer o mercado interno e ainda exportou 21.798 toneladas. Estava em plena produção a “Sociedade Agrícola do Cassequel”, com a sua fábrica da Catumbela, e a “Companhia de Assúcar de Angola”, com a fábrica do Caxito.
Em 1973 dá-se transferência da maio-ria das acções da “Companhia de Assúcar de Angola” e da “Refinaria Angola, Lda.”, de Matosinhos, para o “Grupo Sousa Lara”.
A empresa teve sempre uma média de 3.500 trabalhadores. Mais tarde, com a introdução da mecanização no que respeita a transportação de cana e carregamento, reduziu a força de trabalho para 2.500 trabalhadores até altura da sua paralisação, em 1991.
A “Companhia do Assúcar de Angola” após a independência foi nacionalizada, e mudou de designação para “Açucareira 4 de Fevereiro”, que ainda hoje mantém.
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