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Candidatura de Mbanza Kongo

Fotografia: Adolfo Dumbo | Edições Novembro | Zaire
Fotografia: Adolfo Dumbo | Edições Novembro | Zaire

Candidatura de Mbanza Kongo é avaliada em Cracóvia

Os munícipes da cidade de Mbanza Kongo, capital da província do Zaire, estão com as atenções viradas para a Polónia, onde decorre, a partir de hoje, a 41.ª Sessão do Comité do Património Mundial da UNESCO, em que o dossier "MBanza Kongo, Cidade a Desenterrar para Preservar" vai ser aceite ou não como Património da Humanidade.

A reunião decorre na cidade de Cracóvia e Angola participa com uma delegação. A comitiva integra a ministra da Cultura, Carolina Cerqueira, o governador provincial do Zaire, José Joanes André, e o chefe das autoridades tradicionais do Lumbu (corte real Kongo), Afonso Mendes, e a directora do Instituto Nacional do Património Nacional, Maria de Jesus.
O munícipe Ditutala Afonso, funcionário público, disse estar convicto de que os membros do Comité do Património Mundial podem decidir a favor de Mbanza Kongo como Património Mundial, dado o valor excepcional do seu património.
“Penso que com o trabalho de pesquisa e recolha de dados históricos, material geológico e outros estudos efectuados desde 2007, quando se lançou o projecto de inscrição de Mbanza Kongo, o Comité do Património Mundial está em condições de incluir este sítio na lista da UNESCO", sublinhou Ditutala Afonso.
Na opinião do estudante universitário Luzolo António, Angola, por intermédio do Ministério da Cultura, apresentou elementos mais do que suficientes que provam a importância de Mbanza Kongo no contexto de África e do Mundo.
Luzolo António explicou que, em matéria de património imaterial, a influência da cultura do antigo Reino do Kongo atravessou fronteiras com o tráfico negreiro para as Américas e a Europa.
Luzolo António destacou a vocação diplomática dos antigos soberanos do Kongo, a sua estrutura organizacional e seu génio criador.  
Por sua vez, Amélia Sofia, também estudante universitária, considera que o encontro na Polónia traz boas surpresas para Angola e à província, frisando que o país foi granjeando, ao longo de uma intensa cruzada diplomática dos últimos meses, um enorme apoio de países amigos membros da UNESCO que podem votar favoravelmente o projecto Mbanza Kongo.
Na óptica de Simão Mantala, autoridade tradicional, a localidade contribuiu mais para a civilização do mundo do que muitos outros locais e sítios já reconhecidos pela UNESCO.
“Modéstia à parte, existem sítios que foram já reconhecidos pela UNESCO a nível mundial que são menos importantes que Mbanza Kongo”, sustentou Simão Mantala, para quem a demora para o reconhecimento desta localidade histórica deveu-se, em grande medida, ao prolongamento do conflito armado que dilacerou o país.
O projecto para a inscrição de Mbanza Kongo na lista do Património Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) foi lançado em 2007, na capital do Zaire, com a realização da II Mesa-Redonda Internacional “Mbanza Congo, Cidade a Desenterrar para Preservar”.
O plano observou várias etapas de trabalho de pesquisa no terreno e no estrangeiro, realizzado por especialistas nacionais e estrangeiros. O ponto mais alto deste estudo foi a fase das escavações arqueológicas realizadas na zona classificada da cidade.

Preparação africana

Recentemente, o Executivo, através do Ministério da Cultura, organizou em parceria com o Fundo para o Património Mundial Africano (FPMA), no quadro das suas atribuições, a segunda reunião de peritos africanos, que decorreu em Luanda, o encontro serviu para contar com a participação de peritos dos países africanos, membros do Comité do Património Mundial, nomeadamente Angola, Burkina Faso, Tanzânia, Zimbabwe e Tunísia, assim como de representantes do Fundo para o Património Mundial Africano.
Durante o encontro, os especialistas analisaram as propostas de candidatura para a inscrição de bens na Lista do Património Mundial da UNESCO, o estado de gestão e conservação de bens africanos inscritos, assim como a Lista do Património Mundial em Perigo, a estratégia global para uma lista representativa e equilibrada e a revisão das orientações práticas da Convenção de 1972.
Angola foi eleita membro do Comité do Património Mundial da UNESCO em 2015 para um mandato de quatro anos, durante a 20.ª Assembleia Geral dos Estados Partes da Convenção do Património Mundial realizada em Paris. Essa assembleia contou com a participação de 191 países.

Artigo de: Jornal de Angola


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