Enquadramento Histórico e Urbanismo
A vila nasceu junto à pequena fortaleza erigida no final do século XIX, sobre anterior casa de comerciante. No morro, a meio quilómetro dali, ficava a capital do Bailundo (Mbalundu), tomada e incendiada em maio de 1896 por Teixeira da Silva (capitão‐mor desde 1890), mas depois parcialmente reconstruída. No século XIX, especialmente sob Ekwikwi II (1876‐1893) e no período de expansão do comércio da borracha, o Bailundo rivalizava com o Bié em importância e tinha laços comerciais estreitos com Benguela. Após a repressão da revolta de 1902 (Mutu ya Kevela) consolidou‐se a ocupação portuguesa, e em 1904 foi criado o Concelho do Bailundo, que ia do Balombo ao Huambo e Sambo. O Caminho‐de‐Ferro de Benguela, oitenta quilómetros a sul, e a criação da Cidade do Huambo (1912) retiraram‐lhe o papel central na região, embora bem servido pela rede rodoviária. A Circunscrição Civil data de 1911, e a Sede (Catápi) foi criada em 1917, e batizada Vila Teixeira da Silva em 1925. Tinha eletrificação e água canalizada já nos anos 30, reflexo da prosperidade comercial (milho principalmente), mas também do valor do "imposto indígena" numa região de demografia forte. A 10.a Companhia Indígena tinha ali novo quartel de pedra, tijolo e telha (produzidos localmente), e a sua granja abastecia a vila. A influência de missões protestantes (desde 1881) e católicas (desde 1896) traduzia‐se numa escolaridade básica e formação profissional acima da média angolana ainda antes das reformas dos anos 1960. A partir dos anos 1940, o Bailundo foi terra de emigração, voluntária ou forçada, para outras partes de Angola. A vila manteve‐se ativa mas pequena (menos de 2.500 habitantes em 1970), famosa pelas nespereiras que bordejavam as ruas de traçado regular. Nas guerras pós‐independência mudou várias vezes de mãos e recebeu também milhares de deslocados de zonas vizinhas. As estruturas urbanas estão já parcialmente reconstruídas.
Localização
Alojamento