O lado turístico
Este povo, tem características muito particulares que me despertaram a curiosidade e levaram a pesquisar na net de forma a melhor poder conhecer e apreciar a sua beleza e cultura.
Na viagem ao Ruacaná tive a oportunidade de poder fotografar numa aldeia local, algumas mulheres Himbas que por ali circulavam à procura de turistas para poder receber algum dinheiro em troca de fotografias, daí este artigo se chamar Himbas – O lado turístico.
É uma primeira abordagem fotográfica deste povo, e por isso mesmo muito limitada.
Ficou combinado para mais tarde, ainda sem data marcada, o contacto com o administrador de uma das aldeias dos Himbas próxima de Ruacaná para uma visita posterior à aldeia, para poder então fotografar os Himbas no seu meio natural e poder sobretudo, melhor conhecer a sua forma de vida.
Para já e em termos resumidos transcrevo com a devida vénia excertos de textos que fui encontrando na net sobre este povo de características tão singulares.
“Os Himbas são um grupo étnico de cerca de 20.000 a 50.000 pessoas, pastoril e falam a língua Otjihimba, um dialeto Herero.
Desde o séc. XV que vivem próximos ao Rio Cunene, que marca a fronteira entre a Namíbia e Angola, mas circulam livremente entre os dois países.
Para eles, não existem fronteiras.
Vagueiam pelo deserto como os leões e os elefantes, chegando a caminhar até 80 quilómetros em busca de água para o gado.
As mulheres são célebres por se apresentarem cobertas com otjize, uma mescla de gordura de manteiga (ou animal) e ocre, possivelmente para se protegerem do sol e vento.
Essa mistura deixa as suas peles com uma tonalidade avermelhada, simbolizando a cor da terra vermelha e do sangue, que representa a vida, e é consistente com o ideal de beleza Himba. As mulheres também trançam o cabelo e cobrem-no com a mesma mistura de ocre.”
“As mulheres Himbas são hábeis artesãs e por isso são a alma da tribo, já que mantêm a economia das suas casas e criam os filhos à sua maneira, com um carinho extremoso.
Por vezes deslocam-se aos grandes centros urbanos (mais na parte da Namíbia) com o objectivo de venderem a sua arte, regressando depois ao seu mundo rústico.
A responsabilidade de ordenha das vacas é das mulheres, sendo elas também as responsáveis por cuidar das crianças umas das outras.
As mulheres tendem a realizar tarefas mais árduas que os homens, como o transporte de água para as casas da aldeia e até tarefas de construção. Para manter a tradição elas nunca tomam banho, mas passam várias horas do dia em rituais de beleza (cobrindo-se com otjize).
As himbas comandam também uma sociedade poligâmica, em que cada mulher pode ter relações sexuais com vários homens.
O gado bovino é o principal símbolo de status de uma família himba, por isso são consideradas mais ricas e mais importantes as mulheres que possuem mais cabeças de gado.
O roubo de gado é punido com a morte.
A carne é reservada apenas para eventos especiais, como casamentos e funerais.
Quando um himba morre, mata-se uma parte do seu gado e as cabeças são empilhadas ao lado da sepultura, para proteger o seu espírito.”
Muitas outras curiosidades sobre este povo ficaram por dizer, mas acredito que ainda um dia vou visitar uma aldeia Himba e aí, tratei aqui mais informação e fotografias dos Himbas no seu meio natural, falando da sua religião, dos seus hábitos e cultura.
Fotografias do Blog
Ruacaná, Março 2016
Um Artigo de: Blog Prazerdeconhecer
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