Luanda - A divulgação e a valorização do património urbano de Luanda juntou, neste domingo, na capital angolana, centenas de turistas e responsáveis num "Tour Pedestre" na cidade velha.
Numa organização da Associação dos Guias Turísticos e Operadores Turísticos de Angola, em parceria com o Ministério do Turismo, o "tour" serviu para mobilizar a sociedade para a importância do turismo urbano na arrecadação de receitas para o país e na diversificação da economia.
O roteiro turístico incluiu a Igreja de Jesus, a Igreja da Misericórdia, a Travessa do Pelourinho, o Bairro dos Coqueiros, a Rua dos Mercadores, a Igreja dos Remédios, o Museu de Antropologia, a Rua das Flores, o Largo do Baleizão, a Calçada Simão Mascarenhas, o Museu de História Militar, a Rua dos Enforcados, o Palácio de Dona Joaquina, o Palácio de Ferro, a Igreja da Nazaré, imediações do Palácio da Cidade Alta e outras instituições que preservam parte da memória histórica de Luanda.
A arquitecta Ângela Mingas referiu-se à necessidade de se valorizar a cidade antiga, para garantir a continuidade mercantilista e capitalista que têm destruído uma boa parte do Centro Histórico estanque.
De acordo com a arquitecta, a preservação da rota dos escravos na cidade de Luanda é uma forma de prestar homenagem a pelo menos quatro milhões de homens e crianças que foram agrilhoados e levados para o Brasil como escravos.
Já Cristina Pinto, professora de história, afirmou ser necessário transmitir aos jovens e aos dirigentes a importância da preservação dos locais históricos de Luanda.
Lamentou o facto de a cidade de Luanda ganhar edifícios que, a seu ver, têm descaracterizado a realidade da antiga Luanda.
“Num país que se vai abrir para o turismo, seria mais fácil e coerente falarmos em turismo local”, asseverou.
Já a directora comercial da Agência de Viagens "Travel", Cineira Apolinário, avançou que Luanda tem um grande potencial para proporcionar aos turistas, mas precisa de ser estruturado.
A turista Maria Zola mostrou-se admirada por poder conhecer o património de Luanda.
Fonte: Angop