Dundo - O Museu Regional do Dundo aposta na criação de um acervo museológico interactivo, capaz de apresentar propostas inovadoras, em especial aos jovens estudantes, agentes culturais, investigadores e historiadores.
Para tal, perspectiva-se a construção de um edifício moderno, para albergar as salas de depósito geral definitivo, um laboratório de investigação biológico, a requalificação da Estação Arqueológica do Bala-Bala e a revitalização da Aldeia Museu.
De acordo com o director da instituição, Ilunga André, continuam as negociações para a criação de novas parcerias com instituições museológicas e universitárias nacionais e internacionais, para a formação de quadros tendo em conta a melhoria dos serviços prestados pela instituição.
Em fase avançada, adiantou, está o processo para o reconhecimento do Sona - desenhos da cultura Lunda feitos na areia -, como Património Cultural Nacional.
Relativamente ao Dia Internacional dos Museus, afirmou que, diferente dos anos anteriores, o museus comemora a data com as portas fechadas devido as medidas de restrições impostas pelo Estado face a pandemia da covid-19.
Esta situação, adiantou, condiciona a realização de alguns projectos programados, tais como a conclusão de algumas obras de ampliação do museu com mais de 100 anos de existência.
O Museu Regional do Dundo tem-se destacado na conservação de acervos culturais diversos, documentação, pesquisa histórica e específica acerca do povo Lunda Côkwe, constituindo uma das principais atracções dos turistas. Em 2019, recebeu 30 mil visitantes, 200 dos quais estrangeiros.
As colecções etnográficas do Museu do Dundo constituem a principal componente do objecto social da instituição e resultam da primeira campanha de recolha de peças, designada por expedição de Camaxilo, feita no longínquo ano de 1937, e do Alto Zambeze, em 1939.
Actualmente, conta com um acervo de nove mil peças etnográficas e 14 mil de história natural, das quais apenas 821 expostas, incluindo as oito resgatadas no ano transacto.
Fonte:Angop