Erguida pelos navegadores portugueses no século XIX (1838 – 1844), no então Morro da Ponta Negra, a estrutura serve como Base Naval do Namibe (BNN), desde 1991. A sua história é "buscada" regularmente por muitos estudantes e pesquisadores.
À espera de uma luz no fundo do túnel para a reabilitação da infra-estrutura, o Gabinete Provincial da Cultura e a Base Naval do Namibe (instituição que tem o seu comando no local), de acordo com a directora Amélia Camunheira e o capitão de corveta, Oliveira Bandua, tudo fazem para manter o espaço aberto ao público.
Para o efeito, são feitos, regularmente, alguns paliativos, particularmente, pintura e uma base de protecção do teto, com a colocação de apoios. A Fortaleza de São Fernando é um ponto quase obrigatório para quem se dispõe, numa mera aventura turística ou estudo científico, conhecer a história da antiga Moçâmedes.
Mensalmente, segundo dados disponíveis, “aportam” no local, em busca de conhecimentos, 400 turistas nacionais, maioritariamente estudantes, sem contar com os estrangeiros, cujos números não foram avançados.
Também conhecida como Fortaleza do Namibe, localiza-se no alto do morro da Ponta Negra, dominando a zona portuária da cidade, município de Moçamedes. Remonta da primeira metade do Século XVI no contexto da colonização portuguesa da baia de Moçamedes, com a função de defesa do presídio (estabelecimento militar de colonização) ali fundado.
Após os estudos da costa e dos sertões da região, iniciados em 1839, o então governador-geral da província de Angola, Manuel Eleuterio Malheiros, determinou em Fevereiro de 1840 que se erguesse um forte na baia de Moçamedes, época em que se iniciava a sua ocupação militar.
Essa fortificação foi concluída em 1844 recebendo oficialmente a designação de Forte de São Fernando pelo Ofício nº 249, de 12 de Julho de 1849 do Governador-geral ao Ministério do Ultramar em Lisboa.
Segundo relatos, terá sido aí onde decorreu, a 1 de Novembro de 1849, a primeira missa celebradas nas terras de Moçâmedes. O forte encontra-se actualmente ocupado pelo Comando da Base Naval do Namibe, da Marinha de Angola.
Fonte: Angop